O Brasil é um dos países com a pior estrutura para o combate à corrupção entre os que integram o G20, o grupo das economias mais importantes do planeta. A avaliação foi feita pela organização não-governamental Transparência Internacional, que divulgou nesta quinta-feira um relatório sobre como o tema é tratado no mundo. O levantamento feito pela ONG avaliou dez diferentes itens relacionados ao combate à corrupção. Esses itens são os princípios que os integrantes do G20 se comprometeram a perseguir na reunião do grupo realizada em novembro de 2014 em Brisbane, na Austrália. Ao fim do estudo, a Transparência Internacional dividiu os países em cinco grupos, de acordo com as notas recebidas por eles em cada um desses princípios. Nenhum país do G20 foi classificado como "muito fraco" no combate à corrupção. O Brasil ficou entre os considerados fracos, ao lado de Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul e Estados Unidos. Um nível acima estão as nações com estrutura de combate à corrupção considerada dentro da média: Alemanha, Índia, Indonésia, Japão, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul e Turquia. Argentina, França e Itália têm um arcabouço legal forte para o combate à corrupção, segundo a entidade. Apenas o Reino Unido aparece como sendo muito forte nesses esforços. Um termômetro da má avaliação internacional sobre a luta contra a corrupção no Brasil está logo na abertura do documento: o país é o primeiro a ser citado em todo o relatório da ONG. O escândalo de corrupção na Petrobras foi a razão da menção com destaque. O caso foi descrito como "o maior escândalo de corrupção e lavagem de dinheiro do Brasil até hoje."
O relatório tem 76 páginas, mas traz também capítulos à parte com avaliação mais detalhada sobre cada país.

