Este não é mais um daqueles planos de caminhada enquadrados em ritmo e esforço físico. A proposta aqui é simplesmente andar, o máximo possível, ao longo do dia. Pesquisadores de Melbourne, na Austrália, mediram o número de passos diários de 592 adultos de meiaidade, durante uma semana, e concluíram que quem caminhou cerca de oito quilômetros (ou deu 10 mil passos) para executar as atividades habituais reduziu mais o índice de massa corporal, a circunferência abdominal, os triglicerídeos, o colesterol e a glicemia em comparação às pessoas que andaram menos. De acordo com as Sociedades Brasileiras de Cardiologia e de Diabetes, as caminhadas diminuem em 34% o risco de problemas cardíacos e em 58% o de diabetes. “Distribuir os passos no dia faz com que o nosso organismo se mantenha sempre ativo e gastando energia”, diz o preparador físico Renato Dutra (SP), autor do livro A Dieta dos Passos (ed. Lua de Papel). O especialista defende que dessa forma — devagar e sempre — o metabolismo funciona melhor do que com um treino intenso. “É que, se uma pessoa corre durante meia hora e depois passa o resto do dia sentada, o organismo entende que só precisa gastar o estoque de energia no momento em que foi mais exigido, e daí desacelera e não queima mais nada”, explica Renato. Ao dar 10 mil passos por dia saímos da zona de sedentarismo e o corpo não acumula gorduras. Todas as passadas além desse número se revertem em emagrecimento, sendo que 13 mil (ou mais) garantem a perda de meio quilo por semana. Os estudos sobre esse programa revelaram que o fator motivação é a chave para fazer as pessoas andarem mais e sempre no cotidiano, pois não precisam cumprir o objetivo de uma só vez e num momento especial — o que torna mais fácil incorporar a caminhada. (Uol)
