O músico Bruno Cauã Ramos, de 27 anos, que foi à Justiça para conseguir cápsulas da fosfoetanolamina sintética, conhecidas como 'pílulas do câncer', morreu ontem em Botucatu, interior de São Paulo, sem ter conseguido usar a substância. A liminar dada pela Justiça para o fornecimento das cápsulas estava entre as que foram anuladas pela decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo, no último dia 11, determinando à Universidade de São Paulo (USP) a suspensão do fornecimento do composto. De acordo com o TJ, a substância não foi testada em seres humanos e pode acarretar graves consequências aos pacientes. A mãe de Bruno, Ana Rosa Natale, de 54 anos, chegou a fazer greve de fome em outubro, em frente ao Instituto de Química da USP em São Carlos, na tentativa de receber as cápsulas. Na ocasião, ela contou à reportagem que o filho havia apresentado câncer de pele em 2011, mas controlou a doença com tratamento. No início deste ano, a doença voltou mais forte e os médicos detectaram 13 tumores em sua cabeça. O músico estava sendo tratado no Hospital do Câncer de Jaú, porém, sem chances de cura, segundo os médicos, ela decidiu recorrer às cápsulas da USP.

