Um idoso confundido com um acusado de estupro no bairro Paraíso, na região leste de Belo Horizonte, teme sair de casa. Antes da prisão do verdadeiro suspeito, alguém divulgou na internet uma foto do gráfico Antônio da Silva, que sofreu constrangimentos e foi parado por uma viatura na rua. — A sensação não é boa, não. Andar no camburão não é bom não. Eu não fui algemado e ninguém colocou a mão em mim, mas eu andei em camburão e o pessoal fica olhando como se eu fosse um criminoso. Ao chegar à delegacia, Silva foi ouvido e liberado porque a vítima, uma menina de dez anos, não o reconheceu como sendo o autor do abuso sexual. O caso só foi esclarecido após o autor do estupro, Primo Rafael de Almeida, se entregar. Almeida confessou o crime e disse que se apresentou à Polícia Civil por medo de ser reconhecido e linchado, o que quase aconteceu com Silva. Isso porque imagens de câmeras de segurança instaladas em uma casa registraram o momento em que o estuprador abordava a vítima e sua irmã, de três anos. Além de se entregar, ele ainda relatou como aconteceu o abuso: — Eu chamei ela, levantei a saia e passei a mão nas nádegas (sic). Agora que o caso já foi solucionado e o verdadeiro autor preso, Silva ainda tem medo de sair às ruas e ser apontado como criminoso. — A gente ficou realmente com medo, nem dormi à noite. Eu só quero que a gente volte à vida normal e possa trabalhar em paz. (R7)
