A decisão da Vigilância Sanitária de retirar a salada dos tabuleiros de Salvador não foi arbitrária e visa manter a saúde dos clientes, garantiu ontem terça-feira (1º) a presidente da Associação de Baianas do Acarajé (Abam), Rita Santos. “Depois que a Vigilância apresentou o quadro, a gente viu que é a que mais dá problema de segurança alimentar. Mais de 50% dos problemas encontrados está na salada”, justificou a presidente da Abam. Segundo Rita, é “complicado” manter o alimento porque o tomate é perecível. “Tem que ser cortado, colocado no gelo, acompanhar com termômetro... Não é uma imposição, é questão de segurança para a população”, garantiu. “Eu gosto de salada, mas quando se fala em segurança é difícil. Porque se o cliente passa mal, ele vai querer que eu pague as despesas. Se for pra acontecer isso, eu prefiro tirar a salada”, completou. Questionada sobre uma possível descaracterização do acarajé após a mudança, Rita minimizou: “O acarajé sempre foi vendido só com pimenta. Aí agregaram o vatapá, agregaram o caruru. A salada foi a última que entrou. Tanto que se você olhar no livro de patrimônio, ela não faz parte. Ela tem uns 30 anos que foi incorporada”. (BN)
