Cerca de 100 pessoas estiveram presentes no I Encontro de Direito Digital e Segurança de Informação que aconteceu na manhã de ontem no salão de eventos do Edifício Mundo Plaza, na Avenida Tancredo Neves, no Iguatemi. O evento discutiu o crescimento de golpes e ataques na internet e como estes crimes virtuais impactam a economia brasileira. Como foco do evento, mecanismos de segurança foram debatidos para área industrial, no âmbito jurídico e cibernético. De acordo com a advogada especialista em Direito Digital e organizadora do evento, Ana Paula de Moraes, atualmente a moeda do crime digital é o próprio funcionário das empresas. "As empresas, em geral, têm que ter consciência que seus funcionários são a moeda do crime digital. Se eles não forem preparados e capacitados para usar as ferramentas da empresa de forma correta, as informações estarão vulnerareis ao sequestro ou até mesmo podem ser disponibilizadas para um concorrente", ressalta. Os criminosos usam métodos diferentes conforme suas habilidades e seus objetivos. Muitas vezes softwares vulneráveis ou com falhas, favorecem a ação destes usuários mal intencionados. Ainda de acordo com a advogada, o perfil do criminoso digital varia conforte o seu objetivo. "Existem várias sociedades de hackres. Eles são especializados em diferentes segmentos como as transações bancárias, indústrias, ou até mesmo em computadores de pessoas físicas. Existem também os que trabalham financiando o ciberterrorismo", diz. Também participaram do encontro, o general Paulo Melo de Carvalho, chefe do Centro de Defesa Cibernética do Exército brasileiro; o promotor de Justiça do Ministério Público da Bahia Fabrício Rabelo e o especialista em Segurança da Informação Leonardo Cardoso, entre outros.