Mulheres votam pela 1ª vez na Arábia Saudita

Pela primeira vez na história, a Arábia Saudita organiza neste sábado (12) eleições abertas às mulheres, candidatas e eleitoras, um tímido passo em direção à igualdade de gênero neste reino ultraconservador. Os colégios eleitorais abriram às 8h (3h de Brasília) e um jornalista da AFP constatou o início da votação no centro de Riad, com um movimento muito fraco. Mais de 900 mulheres, junto a cerca de 6 mil homens, buscam ocupar uma cadeira nas assembleias locais, enquanto lidam com poderes limitados em termos de circulação, jardins públicos e coleta de lixo. "Acredito que esta etapa será eficaz e muito positiva", declarou à AFP Badreldin al-Sauari, candidata em Riad. As eleições de sábado, nas quais serão eleitos somente dois terços do total de vereadores, representam uma tímida abertura na Arábia Saudita, um reduto do wahhabismo - uma doutrina sunita puritana baseada na interpretação literal do Alcorão - e um dos países que mais restringem os direitos das mulheres no mundo. A Arábia Saudita era o último país no mundo a negar às mulheres o direito de voto. Algumas mulheres afirmaram que o registro de eleitoras foi complicado em razão dos obstáculos burocráticos, da falta de informação e porque as mulheres são proibidas de dirigir, o que dificulta a locomoção. Em um contexto onde menos de um eleitor em cada dez é mulher, poucas mulheres sauditas esperam ser eleitas. No país, as mulheres devem se vestir de preto da cabeça aos pés quando estão em público e necessitam da permissão de um membro masculino de sua família para viajar, trabalhar e se casar. Para algumas, o simples fato de ter feito campanha já é uma vitória em si. "Para dizer a verdade, eu não me candidatei para ganhar", afirma Badreldin al-Sawari, uma pediatra do centro de Riad, que entrou na disputa por patriotismo e para provar que o Islã dá direito às mulheres. "Os homens e as mulheres têm os mesmos direitos em muitos domínios", assegura, com um verso do Alcorão como apoio, afirmando ter recebido muito apoio durante sua campanha. Outras mulheres não tiveram uma experiência positiva. (G1)

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