Cientistas chineses desenvolveram um polígrafo - aparelho conhecido como "detector de mentiras" - utilizando tecnologias de reconhecimento facial e inteligência artificial, informou a agência estatal de notícias "Xinhua" nesta quarta-feira. Os pesquisadores que criaram o aparelho, da empresa Cloudwalk (associada à Academia Chinesa de Ciências) e da Universidade Jiaotong, de Xangai, afirmam que este método é mais confiável que o dos polígrafos convencionais, que se baseiam em medições do pulso e da pressão arterial. O novo detector de mentiras estuda o sexo da pessoa, suas expressões faciais, batimentos cardíacos e características da voz através de uma câmera e um sensor que podem funcionar tanto de noite como de dia. Além disso, ele é equipado com cinco módulos de reconhecimento: facial, de voz, semântico, morfológico, físico, assim como outro de decisão inteligente. Deste modo, o polígrafo realiza uma estudo da pessoa e, graças às informações coletadas, seu sistema de inteligência artificial lhe permite analisar os pensamentos e sensações de quem é analisado. "(Os polígrafos tradicionais) às vezes não funcionam com as pessoas que receberam treinamento profissional" para mentir, disse Zhou Xi, executivo-chefe da Cloudwalk e um dos responsáveis pelo desenvolvimento do dispositivo, em entrevista à "Xinhua". (EXAME)
