Irã afirma que Arábia Saudita usa crise para "afetar negativamente" negociações da Síria

A Liga Árabe se reuniu neste final de semana em caráter emergencial, a pedido da Arábia Saudita, para discutir os ataques a representações diplomáticas sauditas no Irã, em protesto pela execução, pela Arábia Saudita, de um influente dirigente religioso xiita. Segundo Ahmed Ben Helli, secretário-adjunto da organização, a reunião “extraordinária” vai analisar a crise entre as duas potências regionais e “as ingerências iranianas nos assuntos internos árabes”. A crise entre os dois países já levou a Arábia Saudita e vários aliados a cortarem relações diplomáticas com o Irã. O Irã, por sua vez, acusou o governo da Arábia Saudita de utilizar a crise para prejudicar as negociações na guerra civil síria. O ministério das Relações Exteriores do país, Mohamad Javad Zarif, afirmou que o país de tentar "afetar negativamente" as negociações. — O foco da Arábia Saudita é criar tensões e afetar negativamente a crise síria — afirmou Zarif, que recebeu o emissário da ONU para questões da Síria Staffan de Mistura. O motivo da crise entre os dois países é a execução do clérigo e ativista xeque Nimr al-Nimr, crítico da atuação do regime saudita em relação à minoria xiita do reino, condenado à morte por “terrorismo” e executado juntamente com outras 46 pessoas, maioria condenada por atentados cometidos pela Al-Qaeda. A execução provocou uma guerra diplomática entre Teerã e Riad e manifestações violentas das comunidades xiitas, não apenas no Irã como também no Iraque, Líbano, Bahrein, Paquistão e Caxemira indiana. Nimr al-Nimr, que passou mais de uma década estudando teologia no Irã e foi o impulsionador dos protestos xiitas contra o governo saudita desde 2011, foi um dos 47 xiitas e sunitas executados no último dia 2 na Arábia Saudita. O Ministério do Interior da Arábia Saudita afirmou, no sábado, em comunicado, que as 47 pessoas executadas tinham sido condenadas por terem adotado a ideologia radical takfiri, juntando-se a "organizações terroristas". Estas foram as primeiras execuções de 2016 na Arábia Saudita, um país ultraconservador que executou 153 pessoas em 2015, segundo uma contagem feita pela agência France Presse com base em números oficiais. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse estar "profundamente consternado" com a execução de 47 pessoas na Arábia Saudita e apelou à calma nas reações à morte do líder religioso xiita, segundo o porta-voz da ONU.

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