O ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou nesta quarta-feira, em São Paulo, que o governo federal vai distribuir repelente para mulheres grávidas, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para ajudar a prevenir picadas do mosquito Aedes aegypti. O inseto é transmissor da dengue, chicungunha e do vírus zika, este último associado a casos de microcefalia e Guillain-Barré no Nordeste do país. - Estamos em contato com o laboratório do Exército, que já fabrica normalmente esses repelentes para suas tropas - afirmou o ministro, durante evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide). Segundo o ministro, o Nordeste será a área prioritária para as ações oficiais contra o mosquito. Ainda não há um calendário definido para a distribuição de repelentes, mas Marcelo Castro diz que pretende que “seja o mais rápido possível”. O Laboratório Químico do Exército fica no Rio de Janeiro e, segundo o Comando Militar do Leste (CML), a formulação do repelente atualmente produzido não contém a substância icaridina. Por nota, informou ainda que “não há previsão de fabricação ou distribuição de repelente do Exército Brasileiro para o Sistema Único de Saúde”. O Brasil registrou 1.761 casos suspeitos de microcefalia em 2015, distribuídos por 422 cidades de 14 unidades da federação. O número, divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira, representa um aumento de 40% em relação ao total de notificações comunicado no último dia 30 de novembro, quando havia 1248 registros. Há ainda 19 mortes de bebês com a malformação sob investigação que podem estar relacionadas ao vírus zika. Um bebê com microcefalia nasce com o perímetro do crânio menor ou igual a 32cm.