Após análise, Bahia identifica mais poços com alto teor de urânio

O governo da Bahia encontrou novos poços com alto teor de urânio na região de Caetité, no Sudoeste do Estado, onde está em operação a única mina do material radioativo em toda a América Latina. Os novos testes de água foram realizados pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (Ceped), a pedido do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema). No fim de dezembro, foram coletadas amostras em 19 poços da região. Os resultados ficaram prontos nesta semana. O jornal O Estado de S Paulo teve acesso aos resultados dos laudos técnicos de cada poço. Os dados revelam que pelo menos três poços estão com nível de urânio acima do limite determinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O órgão estabelece uma tolerância de, no máximo, 15 microgramas de urânio por litro de água. Em um dos poços contaminados, localizado no "Povoado Imbú", o volume encontrado chegou a 32 microgramas, mais que o dobro da quantidade autorizada pelo organismo internacional. Além dos três poços que estouraram o limite previsto em lei, outros três chegaram ao índice de 14 microgramas por litro, isto é, estão praticamente em cima da quantidade permitida. Os volumes são preocupantes mesmo se considerado o critério mais brando utilizado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que impõe uma tolerância de até 20 microgramas. Ao ser questionado sobre os resultados, o secretário de Meio Ambiente do governo da Bahia, Eugenio Spengler, disse ao jornal O Estado de S.Paulo que os novos pontos de contaminação serão fechados para garantir a segurança e saúde da população. "Está decidido que os poços que apresentaram níveis superiores não poderão ser mais utilizados. Nossa orientação é de que eles sejam lacrados", afirmou. Spengler disse que uma nova rodada de coleta de amostras será feita nas próximas semanas e que o governo baiano vai adquirir equipamentos para fazer um monitoramento permanente das águas subterrâneas da Bahia, projeto que terá início na região de Caetité. O termo de referência para compra desses equipamentos está em fase de conclusão. O governo baiano tem encontrado dificuldades de executar o monitoramento na região, por conta dos dados precários sobre a localização de cada poço. "Além disso, muitos reservatórios usados pela população foram abertos clandestinamente", diz o coordenador de monitoramento dos recursos ambientais e hídricos do Inema, Eduardo Topázio.

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