São muitas as pessoas que simplesmente não conseguem resistir à tentação, seja ela qual for. Aceitam todas as propostas sedutoras e não são capazes de dizer ‘não’ ou tomar uma posição perante algo. Esta falta de controle tem vindo a ser estudada pela ciência nos últimos anos, sendo a incapacidade de resistir à comida o tema mais aprofundado. Neste sentido, segundo informa o Huffington Post, há uma autora que se destaca: Esther K. Papies, da Universidade de Ultrech e mentora de dois estudos. De acordo com a primeira investigação de Papies, existem dois fatores que interferem diretamente com a incapacidade de resistir à comida: o alimento e o sex appel (do alimento). O simples ato de olhar para o alimento ou de ler palavras apelativas associada ao mesmo (como ‘cremoso’) pode estimular os centros gustativos e de prazer no cérebro. Mas esta simbiose instantânea entre o alimento e o seu caráter sedutor (que traz uma consequência direta: comer) pode ser evitada através do autocontrole. E foi isso que um estudo do ano passado, feito também por Papies, provou. Através daquilo a que a ciência chama de ‘atenção consciente’ é possível aprender a ‘ler os pensamentos’ e, com isso, reduzir a simulação de recompensa mental depois de ver um alimento atraente (ou seja, o ato de comer). A atenção consciente é a consciência do pensamento e do sentimento face à resposta a um estímulo: ‘tenho ou não fome para comer aquele chocolate tão apetitoso que está aqui em cima da mesa?’, por exemplo. Mais concretamente, diz o estudo, bastam 12 minutos de atenção consciente para moldar os efeitos e motivação para algo, isto é, 12 minutos de atenção consciente servem para perceber se tem ou não fome para comer (por muito apelativo que seja o alimento). O autocontrole pode ser treinado com esta técnica, que requer uma maior atenção perante as situações, de forma a perceber se o ato (que seria comer) é ou não correto ou apenas um impulso.
