Bengala com sensores instalados detectam obstáculos e alertam usuário

Vida de deficiente visual exige audição, tato e sentidos apurados. E — por que não? — uma boa injeção de tecnologia? Pensando assim, alunos do Centro Universitário UNA, de Belo Horizonte, pensaram numa nova versão para a tradicional bengala, tornando-a mais sensorial. Com a roupagem moderna, o acessório analisa o ambiente por meio de sensores, que emitem sinais transformados em vibração e proporcionam, assim, mais autonomia e segurança ao usuário. Um manete vibratório e um apito sonoro atuam, então, como sentidos complementares à pessoa com dificuldades visuais. Outros projetos universitários foram desenvolvidos nessa linha e há bengalas importadas com recursos semelhantes à venda. Mas a sugerida pelos mineiros diferencia-se pela facilidade e pelo baixo custo de produção: R$ 300, ante os valores de R$ 10 mil a R$ 20 mil para modelos produzidos fora do Brasil. O preço tende a diminuir com uma possível certificação e fabricação em escala industrial. Há ainda ideias de novas variações da bengala inteligente, com recursos como GPS, conexão com aplicativos como o SIU Mobile — que fornece informações sobre transporte público e o trânsito da cidade — e áudio. O projeto foi desenvolvido por seis alunos na conclusão do primeiro ano do curso de manutenção e automação industrial da UNA Unidade Barreiro, sob coordenação do professor Matheus Gravito. O começo do projeto, conta Wender Cardoso, 24 anos, um dos criadores, veio à cabeça quando ele viu uma idosa deficiente visual se machucar ao cair em um buraco no centro de Belo Horizonte. “Na hora, bateu a ideia, mas não a colocamos em prática. Em meados do ano passado, o professor Gravito nos passou uma demanda de um projeto voltado à comunidade e pensamos, então, em desenvolver a bengala para cegos”, conta o estudante. Desde o início, foi mantida a proposta de criar algo que fosse de baixo custo. Para isso, a bengala sensorial usa componentes reaproveitados. O tubo de alumínio que serve de base para o acessório veio de cortinas residenciais; as roldanas, de carrinhos de indústria; e os sensores, de sensores de marcha a ré usados em automóveis. Para completar, o sensor de vibração aplicado no manete é o mesmo de joystics de videogames. Uma chave liga e desliga é responsável por acionar o dispositivo. Ao todo, foram gastos cerca de quatro meses de desenvolvimento, contando com o apoio de uma empresa de montagem industrial, que cedeu espaço e equipamentos. (CB)

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