Número de dívidas aumenta 8,43% no Nordeste, aponta pesquisa

Inflação de dois dígitos, alto índice de desemprego e taxas de juros nas nuvens. O cenário negativo da economia se refletiu no aumento da inadimplência, que foi 8,43% maior em janeiro deste ano, comparado ao mesmo período do ano passado, na Região Nordeste. Os dados foram obtidos por meio da pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Segundo o estudo, divulgado ontem pelas duas organizações, não foram apenas as dívidas que dependem da concessão de crédito que tiveram crescimentos expressivos. A inadimplência com contas básicas, como água e luz, também registrou crescimento em relação ao ano passado. “Isso nos demonstra o quanto o problema é geral. As pessoas estão tendo dificuldades para pagar até as despesas fixas, como água e luz, e acabam correndo riscos de cortes no fornecimento”, aponta a e economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Ainda na Região Nordeste, as dívidas no segmento Comunicação foram as que mais registraram aumento – 12,39% em relação a janeiro de 2015. “Acreditamos que o aumento da inadimplência neste setor está relacionada aos planos de internet, telefone e TV a cabo que tem desconto até um certo tempo e posteriormente aumentam para um valor que o consumidor não pode mais pagar”, fala Marcela Kawauti. Na região, os bancos são os credores que concentram a maior parte das dívidas em atraso, 41,93% do total de pendências. A segunda maior participação é do setor de Comércio (21,48%). Entre as quatro regiões pesquisadas, o Nordeste foi onde o crescimento no número de inadimplentes foi maior, registrando uma variação de 6,86% em relação ao ano passado. Os dados da Região Sudeste não foram considerados no levantamento feito pelo SPC Brasil. Para Marcela, os números não mostram que o brasileiro está se endividando mais, mas sim que tem encontrado mais dificuldade para honrar seus pagamentos. “Por conta da piora da economia, houve a diminuição da oferta de crédito. No geral, as pessoas estão contraindo menos empréstimos, mas não estão conseguindo quitar as dívidas já realizadas”, avalia a economista, que acredita que a inadimplência deve continuar crescendo nos próximos meses, principalmente por conta do aumento do desemprego. contas básicas. Em nota, a Embasa informou que nos 366 municípios baianos onde atua foi registrada, no último mês de janeiro, uma inadimplência de 9,93% das contas faturadas. Isso significa que, das quase três milhões de contas emitidas em setembro de 2015, 301.645 não foram pagas, em um prazo de 120 dias após o vencimento. Apesar do alto número, o percentual foi um pouco menor do que o registrado em janeiro do ano passado, quando o índice de inadimplência foi de 10,22% das contas. A empresa informou, ainda, que no dia 31 de janeiro encerrou uma campanha de negociação com condições especiais, que durou três meses. Nesse período, 23.155 clientes fecharam acordo, alcançando o montante de R$ 24,7 milhões em débitos negociados. Mesmo após o encerramento da campanha, a Embasa continua oferecendo alternativas para acordos de quitação de dívidas. Para negociar, o cliente deve se dirigir a um dos pontos de atendimento da empresa para conhecer as opções disponíveis. Já a Coelba disse que não divulga os dados referentes aos débitos dos clientes. A distribuidora de energia informou que combate a inadimplência, e que o atraso na quitação das faturas acarreta ações de cobrança, a exemplo de multa e juros, negativação de crédito e suspensão do fornecimento. As estratégias de cobranças aplicadas, no caso de inadimplência, são pautadas na legislação vigente. A Coelba também informou que oferece aos seus clientes opções de negociação para regularização de débitos. Para isso, o consumidor deve se dirigir a uma das agências de atendimento. Para adequar a fatura à sua capacidade de pagamento, a Coelba orienta que os clientes adotem o uso eficiente da energia elétrica. No site da empresa, o consumidor pode acessar o Manual do Consumo Consciente com dicas para reduzir a conta de luz.

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