As DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) podem levar a complicações no longo prazo, tais como a doença inflamatória pélvica, infertilidade, câncer cervical ou até mesmo aumentar o risco de infecção pelo HIV. As DSTs são consideradas os problemas de saúde pública mais recorrentes em todo o mundo, porque tornam, em ambos os sexos, o organismo vulnerável a outras doenças. Já a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) é uma das DSTs mais comuns. Estima-se que 80% das mulheres sexualmente ativas irão adquiri-la ao longo de suas vidas. Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), ocorrem a cada ano mais de 680 mil casos da doença no Brasil. Grande parte das pessoas contaminadas, porém, não manifestam a doença. A infecção por HPV é o principal fator para o desenvolvimento do câncer cervical. A infecção pelos tipos de HPV de alto risco (oncogênicos), contudo, é necessária, mas não o suficiente para o desenvolvimento do câncer cervical. A infecção persistente pelo HPV oncogênico é fator de risco importante na progressão para a neoplasia intraepitelial cervical e para o câncer cervical invasivo. Além dos tipos oncogênicos, os HPV de baixo risco também apresentam relevância, pois, na última década, verificou-se um aumento da incidência de verrugas anogenitais/condilomas acuminados na população, principalmente em idades mais jovens e durante os primeiros anos de vida sexual, com substancial morbidade e alto custo de tratamento. Outro fator importante na infecção pelo HPV é a detecção de co-infecções, pois 20% a 30% das mulheres infectadas apresentam mais de um tipo de HPV. A co-infecção com múltiplos tipos de HPV e a infecção sequencial com novos tipos é bastante comum e o risco de adquirir um novo tipo de HPV parece ser independente da infecção prévia por outros tipos. Diante deste cenário, em parceria com a empresa espanhola 'Genomica', a bioMérieux, pioneira no diagnóstico de doenças emergentes, trouxe para o Brasil o CLART? (Clinical Array Technology), nova tecnologia molecular baseada em Microarray, que permite fornecer um diagnóstico mais assertivo pois analisar o genoma viral de diferentes vírus envolvidos nas doenças infecciosas. Pelo menos 13 tipos de HPV são considerados oncogênicos, apresentando maior risco ou probabilidade de provocar infecções persistentes e estar associados a lesões precursoras. Dentre os HPV de alto risco oncogênico, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero.
