O papa Francisco pediu nesta segunda-feira (29) às autoridades do Paquistão que façam tudo para garantir a segurança da população e, em particular, da minoria cristã, na sequência do "atentado execrável" que causou 72 mortes. No domingo, "no Paquistão, a Santa Páscoa foi ensanguentada por um atentado execrável", declarou Jorge Bergoglio perante os fiéis reunidos na praça de São Pedro, para a oração do 'Angelus'. "Mais uma vez, a violência e o homicídio odioso conduzem apenas ao sofrimento e à destruição", afirmou. "Apelo às autoridades civis e a todas as componentes sociais desta nação para que façam tudo o que for possível para voltar a dar segurança e serenidade à população e, em particular, às minorias religiosas mais vulneráveis", disse o papa. O Vaticano tinha condenado na véspera o atentado que visou a minoria católica em Lahore, no Paquistão, e denunciado uma "violência fanática" que originou um "horrível massacre de dezenas de inocentes". Pelo menos 72 pessoas morreram e 359 ficaram feridas no atentado suicida no domingo à tarde, no parque Gulshan Iqbal, próximo de um parque infantil, cheio de famílias que ali se encontravam para festejar a Páscoa. Os talibãs paquistaneses reivindicaram o atentado e afirmaram que visavam os cristãos, grupo que constitui um pouco menos de 2% da população do país de 200 milhões de habitantes, maioritariamente muçulmanos sunitas.
