Centenas de pessoas se concentram no Centro de SP nesta quinta-feira.
Grupos dizem que cassação de mandato da presidente é um golpe político.
Centenas de manifestantes e integrantes de movimentos sociais fazem um ato de apoio à presidente Dilma Rousseff (PT) e contra o impeachment na tarde desta quinta-feira (31), na Praça da Sé, Centro da cidade de São Paulo. Segundo a organização, 60 mil pessoas participam da manifestação. A Polícia Militar estima em 18 mil participantes. Segundo o Datafolha, foram 40 mil. O ato político foi encerrado às 20h20 com os manifestantes cantando o Hino Nacional. (O G1 acompanha os protestos pelo Brasil em tempo real; siga o trânsito em São Paulo)
Os manifestantes dizem que a cassação do mandato de Dilma configura um golpe e pedem a defesa da democracia. A concentração começou por volta das 16h e, segundo os organizadores, a manifestação deve permanecer na Praça da Sé. Não há previsão de passeata. Além da Praça da Sé, os manifestantes tomaram a rua Benjamin Constant. Por volta das 19h, o Metrô fechou a entrada próxima ao Poupa tempo da estação Sé, da Linha 1-Azul, depois que começou a chover na região. Segundo a companhia, um grande número de manifestantes buscou refúgio dentro da estação, atrapalhando os usuários do serviço. Presidente do PT estadual, Emídio de Souza discrusou em carro de som e criticou Eduardo Cunha e Michel Temer. "O Mar Vermelho no Brasil vai se fechar para impedir os golpistas", disse. Antes dele, o ex-jogador de futebol Wladimir, famoso por passagens em clubes como Corinthians, Cruzeiro e Santos, também discursou. Ele lembrou-se de quando subiu ao palco de um dos comícios das Diretas Já, ao lado de Sócrates e Casagrande em 1984. "O ato é importante para preservar a participação popular no nosso governo. Reiterar a democracia sempre. O poder emana do povo e por ele deve ser exercido. Temos de cumprir à risca", disse Wladimir.
O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que lamenta que o vice-presidente Michel Temer participe do impeachment. "Ele foi eleito democraticamente na mesma chapa que a presidenta, com o mesmo programa, sustentado junto à população, participe agora de um impeachment sem base. Isso tem nome. Isso é golpe." Eduardo Suplicy subiu no carro de som e cantou "Blowin in the wind", de Bob Dylan. Participam do ato integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Frente Brasil Popular, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central de Movimentos Populares (CMP), e Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
