O Conselho de Política Ambiental de Minas Gerais (Copam) confirmou ontem terça-feira (19) uma multa de R$ 112 milhões contra a Mineradora Samarco, cujas donas são a Vale e a BHP Billiton, pelos danos causados pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, em novembro do ano passado. A mineradora tem prazo de vinte dias para apresentar recurso à Câmara Normativa do Copam. Se o recurso for negado, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente vai exigir o pagamento da multa que poderá ser feito em até 72 parcelas. Mas a mineradora também pode recorrer à justiça para contestar a multa. A Samarco informou que não vai comentar a decisão. A barragem se rompeu no dia 5 de novembro de 2015, destruindo o distrito de Bento Rodrigues e deixando centenas de desabrigados. A lama gerada pelo rompimento atravessou o Rio Doce e chegou ao mar do Espírito Santo. No percurso do rio, cidades tiveram de cortar o abastecimento de água para a população em razão dos rejeitos Dezenove pessoas morreram. O último corpo a ser encontrado foi o de Ailton Martins dos Santos, de 55 anos. Ele foi localizado no dia 9 de março. O corpo de Edmirson José Pessoa, de 48, funcionário da Samarco, ainda está desaparecido.
