Pessoas que sobreviveram ao ebola e que apresentam um estado saudável podem transmitir a doença via relação sexual, informa um estudo feito por pesquisadores, publicado na revista americana Science Advance. Na última epidemia, que atingiu parte do continente africano em 2013, mais de 11 mil pessoas morreram, o que representa um número de 40% da pessoas que foram infectadas. Em janeiro deste ano, o último país ainda afetado, a Libéria, foi declarado livre do vírus pela Organização Mundial de Saúde e, após isso, novos casos apareceram. A partir daí pesquisadores da África, Estados Unidos e Europa investigaram e descobriram por meio de análises que havia uma semelhança genética entre o vírus dos novos casos com os da epidemia. Segundo os cientistas, como informado pela Revista Época, alguns pacientes curados voltaram a apresentar sintomas da doença, que podem ter sido causados por vírus resistentes, que se escondem em compartimentos do corpo humano, como os olhos e testículos, onde o acesso do sistema de defesa é menor. Por isso conclusão de que a possibilidade de contágio via sexual não pode ser descartada, já que o vírus pode enganar os sistemas de defesa do organismo e, a partir daí, a pessoa infectada pelo sêmen será capaz de infectar outras pessoas pelo sangue, que tem um alto índice de contágio.
