A polêmica esponja com cabelo black power que foi colocada na casa do "BBB16" irá render um processo contra a Globo. O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro anunciou que protocolou uma ação civil pública contra a emissora "por dano moral coletivo e discriminação racial" devido ao uso da esponja. "A representação do cabelo Black Power como esponja de pia faz uma clara alusão ao estereótipo racista do 'cabelo para ariar panela' ou 'cabelo Bombril', servindo apenas para reforçar o preconceito, ainda intrínseco a muitos setores da sociedade, desde a abolição da escravatura", argumentam os procuradores da República Renato Machado e Ana Padilha Oliveira, autores da ação. No processo, o MPF pede uma reparação por danos morais coletivos, em um valor não inferior a 0,5% do faturamento do "BBB16". O órgão ainda pede que a emissora faça uma retratação à população negra, que seria exibida tanto no horário do "BBB" quanto no do "Mais Você", primeiro programa em que a esponja foi exibida. Procurada pelo UOL, a Globo ainda não comentou a ação do MPF. Em fevereiro, a emissora informou que havia prestados os esclarecimentos solicitados à época pelo órgão: "Esclarecemos que a esponja citada, representando um dançarino disco dos anos 1970, faz parte de uma coleção que retrata ícones de gerações e culturas diversas, como uma moça descolada dos anos 60, um soldado da guarda inglesa e até a rainha Elizabeth. Estes outros modelos estão sendo colocados na casa conforme as necessidades de uso e já podem ser vistos no ar".