A vela não está entre os esportes mais populares do Brasil, mas o nome de Robert Scheidt está. Quando o assunto é Olimpíada, poucos brasileiros têm tanta intimidade com o pódio. Foram cinco medalhas em cinco edições de Jogos Olímpicos disputadas – ouro em Atlanta (1996) e Atenas (2004), prata em Sidney (2000) e Pequim (2008) e bronze em Londres (2012). O desportista nunca foi a uma Olimpíada sem voltar com uma medalha na bagagem. Nenhum atleta brasileiro tem mais medalhas olímpicas do que ele. Apenas Torben Grael, também velejador, tem o mesmo número de pódios. O reconhecimento veio com a escolha do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para que o velejador paulistano levasse a bandeira brasileira na Cerimônia de Abertura dos Jogos de Pequim, em 2008. Scheidt chegou à China com a bandeira nas mãos e saiu de lá com uma prata no peito. Em agosto, nas olimpíadas do Rio, Scheidt pode se tornar o maior medalhista brasileiro da história. “Tracei como objetivo deixar a vela olímpica após os Jogos do Rio de Janeiro e continuar velejando em classes de barco que exijam menos do corpo e mais da cabeça. Mas não estou pensando em aposentadoria agora”, disse o atleta de 43 anos à Agência Brasil.