Um recém-nascido teve o braço fraturado durante o nascimento no Distrito Federal. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal investiga o caso para apurar as causas da fratura do braço direito do bebê. A reportagem do G1 conta que o pai, o pintor Cleginaldo de Sousa, revelou que a esposa esperou muito tempo para a realização do procedimento e que o médico forçou a passagem da criança. O incidente aconteceu em 30 de abril no Hospital Regional de Planaltina. A família quer entrar na Justiça. O pai disse ainda que todo o atendimento antes do parto foi ruim. A família ao hospital por volta das 19h do dia anterior, depois de a gestante reclamar de dores. O médico que a examinou afirmou que ela apresentava leve infecção, mas que ainda não estava em trabalho de parto. O casal retornou para casa com a filha mais velha, de 16 anos. No entanto, na garagem de casa, a adolescente percebeu que a bolsa da mãe havia estourado. “A gente só entrou no carro de novo e foi embora. Por volta de 3h30 ela entrou em dilatação para valer, só que só levaram para a sala bem mais tarde. O neném só nasceu depois das 10h.” Sousa contou que outras famílias também reclamaram. “Parece que trabalham de má vontade. Eu assisti o parto, foi horrível. Vi criança nascendo fora de hora lá, com afundamento de crânio, rostinho machucado, mães gritando de dor, médicos dizendo ‘na hora de fazer você não estava gritando'. Quando eu assisti o parto da minha esposa, achei que ia perder ela.” A mãe do bebê teve uma hemorragia no globo ocular e relata dormências e dores de um lado da cabeça. O pai do recém-nascido contou que ele não parava de chorar e que, no sábado à tarde, a irmã questionou a razão de ele só mexer a mãozinha esquerda. “Chegaram a falar que isso é normal, que neném não mexe tudo assim. Domingo, quando fui dar banho, senti que estava estralando. Ele chorava muito quando eu tocava no braço. Pedi raio X ao pediatra, e ele disse que não precisava, que foi só inflamação de quando nasceu. Insisti, aí viram realmente quebrado, o bracinho já inchado”, conta o pai. “Quebraram o braço dele 10h30 de sábado e só resolveram o problema dele domingo à tarde. Foi muito mais de 24 horas depois. Dei uma de doido, invadi a emergência xingando todo mundo logo, apareceu o diretor do hospital e resolveu o problema. Colocaram tala e enfaixaram, porque não podia engessar”, completou o pai. O pequeno Bernardo Gomes de Sousa está com o braço direito imobilizado. A direção-geral do Hospital Regional de Planaltina disse em nota que nega a demora para constatar a fratura e diz que o bebê foi encaminhado à ortopedia pediátrica do Base para tratamento.
Mais problemas
O pai ainda contou à publicação que o bebê continuou chorando depois da alta médica. A família voltou ao hospital para tentar descobrir o motivo. O casal e a criança foram encaminhados para o Base e depois para o Hospital Regional da Asa Norte. No local, Sousa conta que perdeu a paciência. “Procurei chefia para reclamar e ignoraram. Até chegou viatura, acredito que foram eles que chamaram. Aí de repente resolveram, viram que era prioridade porque ele era recém-nascido. A medica foi, diz que lesionaram também o rosto do meu filho, do lado direito, na maçã. Ele chorava quando ia mamar. Aí ela deu um remédio e parou. Não deu detalhes, mas disse que ele não precisa operar”, diz. O hospital de Planaltina informou em nota que não havia sinais de lesão no rosto do bebê. “[Mãe e] seu filho foram atendidos durante todo o procedimento por equipe médica multidisciplinar e receberam toda a assistência da rede.” (Notícias ao Minuto)
