Teste de zika passa a ter cobertura obrigatória por plano de saúde

A partir do dia 6 do mês que vem, gestantes e recém-nascidos poderão realizar, gratuitamente, os testes que indicam a infecção pelo vírus da zika pelos planos de saúde. Segundo resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicada ontem no Diário Oficial da União, os procedimentos passam a ter cobertura obrigatória por todos os planos de saúde que atendem estes dois públicos. A ANS definiu a incorporação de exames para detecção do zika ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, lista que estabelece a cobertura que os planos são obrigados a oferecer aos clientes. Pela resolução, os planos devem cobrir três tipos de exames: o PCR, para detecção do vírus nos primeiros dias da doença; o teste sorológico IgM, que identifica anticorpos na corrente sanguínea; e o IgG, para verificar se a pessoa já teve contato com zika em algum momento da vida. “A ANS realizou de forma extraordinária a incorporação de testes laboratoriais para o diagnóstico da zika por se tratar de uma emergência em saúde pública decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”, informou a diretora de Normas da agência, Karla Coelho. Os exames deverão ser assegurados para gestantes, bebês filhos de mães infectadas, bem como nos recém-nascidos com más-formações suspeitas de terem sido causadas pelo vírus. A expectativa é que sejam beneficiadas mais de 500 mil gestantes e quase dois mil recém-nascidos em todo o país.

Grupo prioritário

A ANS afirma que, em razão da pesquisa por infecção pelo vírus zika ainda estar em fase inicial, não há tratamento específico contra a doença. Desta forma, para a população em geral, ainda segundo a agência, a realização destes exames não altera a conduta clínica. Nas gestantes e bebês, entretanto, isso é diferente. “Foi comprovada a relação da infecção pelo vírus e a ocorrência de microcefalia. Por isso, um teste diagnosticado positivo pode alterar a conduta clínica no acompanhamento de gestantes e bebês”, afirma Karla. Sanitarista e professora de Saúde Pública da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ligia Bahia concorda que devam haver prioridades para que o teste seja realizado, porém, o momento não é ideal. “Realmente a oferta dos testes tem que ter critérios, já que a zika como doença é pouco problemática. A grande questão é a microcefalia. Além disso, essa medida é um pouco tardia, já que estamos chegando no Inverno, quando a epidemia é quase inexistente”, observa a professora.

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