Suspeito de participar do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro, Raí de Souza, 20 ano, disse que a vítima estava "errada" por estar na comunidade onde o crime aconteceu. "Ali era o lugar dos traficantes, nem era o lugar dela. Errada era ela de estar ali, Deus me livre", disse Raí, em depoimento à polícia. Foi no celular de Raí que a polícia encontrou até agora a maioria das evidências do crime. O telefone, que ele afirmou que havia destruído, foi recuperado por policiais com um amigo do suspeito. Nele, estava outro vídeo com a menor estuprada nua. A adolescente tenta resistir às agressões sofridas. O primeiro vídeo, divulgado nas redes sociais, também foi gravado por Raí, segundo o próprio confirmou. No celular, a polícia ainda descobriu um áudio do que seria ele conversando com outra pessoa, afirmando que por "ordem superior" os moradores deviam fazer uma passeata nas ruas perto do morro São José Operário, onde o crime aconteceu, negando que houve estupro e defendendo os acusados. "Vai no Mototaxi lá, Nathan, avisa lá. Ordem superior. Mano mandou ir no protesto. Se não for, é com eles mesmo", diz ele. Além de Raí, está preso Raphael Duarte Bello, cuja voz é ouvida em um dos vídeos. O jogador de futebol Lucas Perdomo chegou a ser preso, mas foi solto por falta de provas do seu envolvimento. Cinco outros suspeitos estão foragidos. Todos vão responder por estupro e por produção e divulgação de imagem de criança e adolescente.