A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) foi notificada para depor na Lava Jato. Ela foi incluída como testemunha de defesa de Marcelo Odebrecht, presidente da construtora que leva o sobrenome do empresário. No ofício, o juiz Sérgio Moro diz que ela pode vir até a Justiça Federal, falar por vídeo conferência ou até responder às perguntas por escrito - Dilma tem cinco dias para informar qual a sua preferência. A ação investiga o que a Lava Jato chama de Departamento de Pagamento de Propinas, que funcionaria dentro da Odebrecht. As investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que estavam no Supremo Tribunal Federal, foram enviadas ontem (13) para Moro. Agora, três inquéritos envolvendo Lula estão nas mãos do juiz encarregado da Lava Jato. Um deles apura se o sítio em Atibaia, no interior de São Paulo, pertence ao ex-presidente e se as obras feitas no local por empreiteiras foram legais. O outro investiga se empresas pagaram valores ilegais ao ex-presidente por meio de contrato de palestras nunca realizadas. Já o terceiro é sobre o triplex no Guarujá, litoral paulista - a força tarefa quer saber se Lula ocultou patrimônio e qual o motivo real da reforma bancada pela empreiteira OAS no imóvel. O Supremo Tribunal Federal também decidiu anular o uso do áudio de uma conversa entre Lula e Dilma Rousseff, que foi feita após a determinação de Sérgio Moro de encerrar os grampos. No áudio, Dilma comunica que está enviando o termo de posse para que ele usasse, caso necessário, já que o cargo de ministro daria foro privilegiado ao ex-presidente.