Em decorrência da oficialização do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a presença do pequeno-besouro-das-colmeias em território nacional, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) alerta aos apicultores sobre a notificação obrigatória e como identificar a praga que pode chegar ao estado, trazendo graves prejuízos econômicos para a atividade apícola e meliponícola. A Bahia responde por 8% do mel produzido no país, com uma produção que ultrapassa três mil toneladas. O Aethina tumida, conhecido popularmente como pequeno-besouro-das-colmeias, foi observado pela primeira vez em São Paulo, em março de 2015, contudo, o conhecimento da sua presença se deu após a notificação à Organização Internacional de Saúde Animal, em fevereiro de 2016. Os principais danos são causados pelas larvas do besouro, que se alimentam das larvas das abelhas e do pólen, tornando-os impróprios para consumo humano, além de causar a fuga do enxame e o abandono da colmeia. Esta é uma praga de notificação obrigatória, o que significa dizer que qualquer pessoa, seja apicultor, meliponicultor e cidadão em geral, tem o dever de informar a presença ou mesmo a suspeita de qualquer agente biológico às autoridades responsáveis, no caso à Adab. "Todos são capazes de identificar as características do inseto/praga facilmente visíveis a olho nu, devendo, ainda que se trate apenas de suspeita, coletá-lo, acondicioná-lo em um frasco limpo e bem fechado, contendo álcool 70% (até cobrir os besouros e/ou larvas), ou mesmo em um recipiente, sem álcool, no congelador, para viabilizar posterior confirmação", diz coordenadora do Programa de Sanidade Apícola, Rejane Noronha.

