O Vaticano anunciou nesta quinta-feira que o papa Francisco e o presidente da Argentina, Mauricio Macri, irão se reunir mais uma vez. Esse segundo encontro está marcado para 17 de outubro, um dia após a canonização do padre José Gabriel Brochero, o primeiro santo argentino. O encontro foi anunciado cerca de um mês após a polêmica decisão do pontífice de não aceitar uma doação de Macri. A Fundação Scholas Occurrentes, programa educativo com escolas no mundo todo impulsionado por Francisco, rejeitou uma doação de mais de US$ 1 milhão, sob recomendação do próprio líder da Igreja Católica. O gesto da entidade gerou um incidente político de repercussão internacional e fez os argentinos questionarem a verdadeira relação de Francisco com o novo presidente do país. Segundo o blog Vatican Insider, "para o Papa, foi uma surpresa e não foi positiva", explicando que o religioso considerou o valor da doação exagerado, já que a Argentina tenta sair de uma crise econômica. Logo após tomar posse como presidente, Macri viajou ao Vaticano para uma audiência com Francisco, na tentativa de criar uma imagem de proximidade com o líder católico, cuja popularidade mundial é recorde. O encontro durou menos de meia hora. Em comparação com representantes de outros países, o pontífice teve reuniões a portas fechadas com a presidente brasileira, Dilma Rousseff (PT), por mais de meia hora e chegou, em uma das cinco reuniões que teve com Néstor Kirchner, ficar quase duas horas reunido com ele. A relação do papa com a antecessora de Macri, Cristina Kirchner (viúva de Néstor), também não era das melhores. (Ansa)
