Um fórum no Espaço Verde Paralela, no Edifício Odebrecht, discutido ontem terça-feira (2) o protagonismo buscado pela Bahia em projetos e iniciativas de geração de energias renováveis. Estiveram presentes 160 pessoas, representantes dos setores público e privado. Reinaldo Sampaio, superintendente de Estudos e Políticas Públicas da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE), esteve no 31º Fórum [B+] e falou que as energias eólica, solar e biomassa representam 18% da matriz energética baiana. Na Bahia, são 232 projetos já implantados ou em fase de implantação de energia eólica. “Isso nos garante a posição de liderança nacional em quantidade de projetos e em energia gerada. A estratégia do Governo estadual na atração de investimentos nos colocou em primeiro lugar no índice de geração energética eólica com 5,3 GW até 2019. A Bahia e o Rio Grande do Norte serão os responsáveis por 56% da geração de energia eólica do país”, afirmou o superintendente. O diretor de Relações Institucionais da Enseada Indústria Naval, Humberto Rangel, apresentou o reposicionamento estratégico da Enseada, voltado para oferecer soluções integradas nos mais diversos segmentos da indústria, como o eólico e o automotivo. “Não vamos deixar de lado nosso core business que é a indústria naval, mas vimos como uma das alternativas para a retomada das nossas atividades a inserção em outros mercados, como o de energia eólica e logística. Nosso estaleiro é um investimento que está licenciado, pronto para operar e com um TUP capaz de movimentar grandes cargas. Estamos qualificados também para fazer as torres, pás e toda a parte de montagem”, revelou o diretor. Um dos pontos discutidos no evento foi o licenciamento ambiental durante as fases de implantação e operação industrial. O secretário de Meio Ambiente do Estado da Bahia (Semam), Eugênio Spengler, vê o compromisso de substituir a geração de energias poluentes por energias mais limpas como um grande desafio. “Precisamos pensar em soluções, refletir em que bases nós estamos elaborando leis, normas e procedimentos. Toda nossa estrutura de gestão ambiental brasileira é da década de 80, quando economia e meio ambiente eram áreas que se chocavam, estavam em campos opostos. É preciso uma mudar esse conceito para que esses projetos sejam entendidos como uma lógica de equilibro em prol do desenvolvimento, não para pensarmos que o setor econômico é apenas um destruidor do meio ambiente”, pontuou o secretário. Como palestrantes, também participaram do Fórum Miguel Andrade Filho, gerente de Novos Negócios em Energia da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB); João de Castro, gerente geral do Banco do Nordeste e Érica Rush, advogada especialista em Direito Ambiental. Ao final do evento, como cortesia do Espaço Verde Paralela, foram doadas mudas nativas da Mata Atlântica, cultivadas no viveiro da Odebrecht, para o público.
