A estiagem que atinge a Bahia impactou no preço de produtos. Além do feijão, que teve baixas no oeste, o leite também encareceu. Segundo pecuaristas do sul do estado, a previsão é que o setor leiteiro se recupere em um período de dois a três anos. Um dos problemas da falta de chuva é a pouca produção de capim, principal ingrediente da ração bovina. O fato influencia na produção do animal e nos custos para manutenção da atividade leiteira nas fazendas. Em Barro Preto, um dos municípios de maior produção leiteira da região, o aumento de quase 30% no leite, desde janeiro, ainda não é suficiente para pagar os prejuízos causados pela seca nos últimos dez meses. Segundo a TV Santa Cruz, em uma propriedade com 130 vacas, 100 em lactação, a produção caiu de 16 litros de leite por vaca para 13. A queda só não foi maior porque a fazenda é considerada de alto padrão. Com o agravamento da crise, alguns produtores da região já estão vendendo as fazendas e as cabeças de gado. (BN)