Americana faz festa de ‘renascimento’ com amigos antes de eutanásia

No começo de julho, Betsy Davis mandou convites por e-mail para seus amigos mais próximos e parentes para convidá-los para uma festa de dois dias, dizendo: "As circunstâncias são completamente diferentes de qualquer festa que vocês viram antes: esta vai exigir resistência emocional, foco e mente aberta". E apenas uma regra: ninguém podia chorar na frente dela. A artista de 41 anos sofria de esclerose lateral amiotrófica (ELA), a rara doença degenerativa que ficou mundialmente conhecida graças ao "desafio do balde de gelo", em 2014. Betsy idealizou a reunião para dizer adeus antes de se tornar uma das primeiras pessoas na Califórnia a utilizar a lei estadual que, aprovada naquele mesmo mês, permite que pacientes terminais recorram à eutanásia. "Para mim e todos os outros que foram convidados, foi muito difícil pensar nisso, mas não havia chance de não ir", conta o amigo Niels Alpert, um cinematografo de Nova York, segundo a agência de notícias Associated Press. "A ideia era ir e passar um lindo fim de semana que culminaria num suicídio. Não é algo normal, não é algo normal do dia a dia. Em meio a diversão, sorrisos, risadas, tinha um pano de fundo, um clima de que sabíamos o que viria", diz ele. Betsy planejou uma agenda detalhada para o encontro do fim de semana de 23 e 24 de julho, inclusive as horas precisas em que entraria em coma, e dividiu esses planos com seus convidados nos convites. Mais de 30 pessoas foram à festa numa casa com uma varanda contornando toda a construção, na pitoresca cidade de Ojai, nas montanhas do Sul da Califórnia. Os convidados vieram de Chicago, de Nova York e de toda a Califórnia. Uma mulher trouxe um violoncelo. Um homem tocou gaita. Houve drinques, pizza do restaurante favorito da anfitriã e uma exibição de "A Dança da Realidade", do diretor chileno Alejandro Jodorowsky, um dos filmes favoritos dela. Com o fim de semana se aproximando do fim, os amigos a beijaram e se despediram, se juntaram para um foto e foram embora. Betsy foi empurrada na cadeira de rodas para uma cama numa colina próxima, onde tomou uma combinação de morfina, pentobarbital e hidrato de cloral. (AFP)

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