O instituto Spallanzani em Roma publicou um estudo o qual afirma que o vírus da zika pode ser registrado em pacientes até seis meses depois dos primeiros sintomas da infecção, duplicando o tempo máximo de duração aceito pela comunidade científica. De acordo com o estudo publicado na revista Eurosurveillance, uma revista de epidemiologia, um homem de 30 anos, que havia registrado febre e erupções ao longo de cinco dias durante uma viagem ao Haiti em janeiro, registrou nas análises que seguia com o vírus zika no esperma após 180 dias, ou seja, seis meses após os primeiros sintomas da doença. Segundo o estudo, durante este período, o paciente utilizou preservativos nas relações sexuais com sua esposa que, por sua vez, deu negativo para zika, informa a Galileu. O vírus zika é perigoso para mulheres grávidas, podendo causar danos permanentes ao feto em desenvolvimento, incluindo a microcefalia, uma malformação congênita na qual o bebê nasce com o crânio e o cérebro menores que a média. Além da contaminação pela picada do mosquito Aedes aegypti, a doença também pode ser transmitida pelas relações sexuais ou contato com sangue contaminado. "Ressaltamos a necessidade de recomendar aos pacientes afetados que se abstenham de manter relações sexuais ou que utilizem preservativos por ao menos seis meses", insistem os autores do estudo.