A Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira (17) mandado de busca e apreensão dos passaportes dos nadadores norte-americanos Ryan Lochte e James Feigen, que integram a delegação olímpica dos EUA. Os policiais, no entanto, não conseguiram cumprir os mandados, visto que nenhum dos dois estava no local. O UOL Esporte apurou com uma fonte da Polícia Federal que Lochte já teria deixado o país na última segunda-feira (15). Já o seu colega estaria em um hotel ou ainda em uma embarcação de bandeira norte-americana. A ordem judicial foi dada um dia depois da Polícia Civil do Rio de Janeiro ter informado que ainda não encontrara evidências que sustentassem a versão do nadador americano Ryan Lochte sobre um assalto que teria sofrido no último final de semana, quando o táxi em que ele e mais três atletas estavam teria sido parado em uma "falsa blitz" na rua. A polícia não queria que os americanos deixassem o país até que o caso fosse resolvido. Na versão de Lochte, ele e os três outros atletas (Gunnar Bentz, Jack Conger e Jimmy Feigen) estavam voltando para a Vila Olímpica após passarem a noite em uma festa na casa de hospitalidade do time olímpico da França. Neste momento, o táxi teria sido parado por assaltantes se passando por policiais. Lochte disse que teve uma arma apontada para sua cabeça e teve 400 dólares roubados. A Polícia Civil chegou a montar um perfil de um dos assaltantes com as primeiras informações passadas, mas uma fonte revelou à agência AP, na última terça-feira, que faltavam "detalhes-chave" nos depoimentos e que o motorista do táxi ou qualquer outra testemunha não foram encontrados. No mesmo dia, um vídeo obtido pelo tabloide britânico Daily Mail mostrou o retorno de Ryan Lochte e dos demais nadadores à Vila Olímpica na manhã do último domingo. Pelas imagens, percebe-se que Lochte deixa celular e credencial em uma bandeja antes de passar pelo detector de metais. O advogado Jeff Ostrow, que representa Lochte, defendeu o nadador e afirmou que "não há dúvida" de que o assalto aconteceu, e que Lochte contratou seguranças particulares após o incidente. “Percebe-se que as supostas vítimas chegaram com suas integridades físicas e psicológicas inabaladas, fazendo, inclusive, brincadeiras uns com os outros”, explica a juíza Keyla Blanc De Cnop, que expediu os mandados de busca e apreensão dos passaportes