O advogado da família de Leonardo Moura, que morreu dois dias após ter sido encontrado desacordado na praia do Rio Vermelho, em Salvador, informou ao G1, nesta sexta-feira (2), que o resultado do laudo necroscópico aponta que a vítima foi morta por um objeto contundente (que pode causar lesões). “Estou com o laudo em mãos. Ele mostra que Léo foi morto por objeto contundente, que não foi especificado. Pode ter sido por pauladas, por exemplo”, exemplificou Leite Matos. O advogado acrescenta que recebeu o laudo na sexta-feira (26). O advogado compartilhoua imagem do documento com o G1. Nele, um perito médico-legal conclui que as lesões da vítima foram provocadas por instrumento contundente, mas também não descarta a versão da queda. Por meio de lesão no rim direito, o rapaz morreu após sofrer anemia aguda e hematoma retroperitonial, além de trombose cardíaca, diz o documento.O G1 entrou em contato com o Departamento de Polícia Técnica (DPT) que confirmou que o laudo foi finalizado no dia 2 de agosto e enviado para a 1ª Delegacia de Homicídios, responsável pelo caso. Em contato com o G1, a Polícia Civil disse que não vai comentar o caso até que o inquérito sobre a morte do jovem seja reenviado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA). A primeira versão do inquérito foi recusada pelo órgão, que pediu novas investigações. Novas investigações O Ministério Público da Bahia devolveu o inquérito à Polícia Civil, no dia 24 de agosto, segundo informou à epoca, ao G1, o promotor Davi Galo. Ele determinou um prazo de 30 dias para a conclusão das novas diligências. Segundo o promotor de Justiça, esse é um pedido padrão. Ele disse que não tinha identificado nenhum suspeito e que precisavam certificar se foi um acidente ou não. Foi solicitado por Davi Galo que algumas pessoas que não foram interrogadas fossem ouvidas e pessoas que falaram sobre o caso fossem ouvidas novamente. A Polícia Civil reforçou que o pedido é uma atividade normal de complementação entre as duas instituições para uma investigação detalhada. Disse ainda que a polícia vai ouvir possíveis testemunhas que estavam na boate onde Leonardo se encontrava antes do ocorrido, pegar o depoimento novamente da médica que atendeu Leonardo no hospital na capital baiana, além dos seguranças e entre outros detalhes. Na conclusão do inquérito, a Polícia Civil apontou que Leonardo Moura morreu após cair de uma balaustrada. O documento foi enviado para o Ministério Público no dia 27 de julho. Já a família, por meio de fotografias, defende que o estudante foi espancado em um provável ataque motivado por homofobia. À epoca, o promotor Galo, relatou que esperava pelo laudo cadavérico anexado ao inquérito para saber a probabilidade de como as lesões foram provocadas. Ele classificou a morte do estudante como por circunstâncias “estranhas”.

