Milhares de imigrantes fugiam nesta segunda-feira (19) de um dos principais acampamentos de deslocados na ilha grega de Lesbos, em consequência de um incêndio deflagrado nas instalações, aparentemente intencional, informou a polícia. Segundo a agência Associated Press, ninguém ficou ferido com as chamas que destruíram tendas e casa pré-fabricadas. "Entre 3.000 e 4.000 imigrantes fugiram do acampamento de Moria", disse a polícia à agência France Presse, acrescentando que fortes ventos estão atiçando as chamas. Cerca de 150 menores foram retirados do local e levados para instalações especiais para crianças em outra parte da ilha, acrescentou a polícia. De acordo com a ONG LifeguardHellas, que trabalha com refugiados na ilha, o fogo foi controlado e voluntários distribuiram água e ajudavam as famílias afetadas. A superlotação e a demora nos processos de pedidos de asilo frequentemente causam tensão entre diferentes grupos étnicos em Moria. Em diferentes oportunidades, as organizações de defesa dos direitos humanos denunciaram as condições de vida insalubres nesses acampamentos. De acordo com o governo na Grécia, 5.650 migrantes e refugiados moram em Lesbos, que é o principal destino dos mais de um milhão de pessoas que chegam à Grécia a partir da Turquia, desde o começo de 2015. O número de acomodações organizadas para eles, no entanto, é de 3.500. A maioria dos refugiados que vivem na Grécia tenta chegar à Alemanha e a outros países ocidentais da UE, mas estão impedidos de viajar depois do fechamento das fronteiras nos Bálcãs e no Leste Europeu.
