A Justiça da Espanha propôs processar Neymar por sua transferência do Santos para o Barcelona, em 2013, por corrupção, reabrindo o caso que estava arquivado desde julho. O juiz José de la Mata também quer processar o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, além do pai do jogador e do ex-dirigente Sandro Rosell. Os promotores ainda têm cerca de uma semana para formalizar o julgamento do atleta e das outras partes envolvidas. A Justiça quer esclarecimentos sobre o valor real da venda de Neymar. Inicialmente, o Barcelona informou que o negócio custou ao clube 57,1 milhões de euros (cerca de 249,5 milhões de reais na época). Oficialmente, o Santos recebeu 17,1 milhões de euros (cerca de 74,8 milhões de reais). Depois, o Barcelona admitiu que gastou 86,2 milhões de euros (pouco mais de 364 milhões de reais). Mas o clube espanhol alega que pagou 40 milhões de euros de indenização à empresa N&N, da família de Neymar. O caso, tratado pela imprensa espanhola como “Neymar 2”, se refere à quantia que o fundo de investimento DIS teria direito a receber com a transferência, pois detinha 40% dos direitos do jogador. Inicialmente, o tribunal concluiu que o dinheiro que a empresa reclamava representava salários e bônus acertados, e não o valor da transferência. O caso conhecido na Europa como “Neymar 1” se referia aos impostos pagos pelo Barcelona sobre a contratação do brasileiro e foi encerrado em junho com um acordo entre o clube e a Justiça espanhola. O Barcelona admitiu delitos fiscais entre os anos de 2011 e 2013 e pagou uma multa de 5,5 milhões de euros (cerca de 20 milhões de reais pela cotação atual). (Estadão Conteúdo)