Compra de material escolar compromete até 60% do salário mínimo

“Bota esse menino para estudar”, está aí um dos maiores sacrifícios dos brasileiros que pretendem investir na educação dos filhos. Os altos custos com material didático e as listas infinitas de materiais escolares chegam a comprometer 60% do salário mínimo do trabalhador. Enquanto o aumento corresponde a apenas 6,47%, passando de R$ 880,00 para R$ 937,00. Uma criança matriculada no 1º ano do ensino fundamental custa R$ 566,18, sem contar com matrícula, fardamento, lanche e transporte. Então, quem tem apenas um filho fica com R$ 370,82 para gastar com outras despesas. O Aratu Online teve acesso a listas de materiais escolares do ensino infantil, 1º ano do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio de duas instituições de ensino particular de Salvador, entre os itens solicitados estão: boneca (o) de pano, vários tipos de cadernos, um classificador de plástico para cada unidade, lâminas para retroprojetor e exclusividade com editora para livros didáticos. Quem opta por iniciar os filhos desde cedo em uma unidade escolar precisa disponibilizar R$ 423,44 por criança matriculada no ensino infantil, ou seja, 45% do salário mínimo. Os gastos só aumentam, ao chegar ao ensino médio o investimento com livros chega a R$ 1.626,24, ultrapassando 73% do salário mínimo, deste modo não é possível para um cidadão manter seu filho em escola particular até o último ano. Em um beco sem saída, os brasileiros acabam matriculando seus filhos em escolas municipais e estaduais, comprometendo a qualidade do aprendizado e dando início a uma série de discrepância em relação à concorrência que vão enfrentar para conseguir ingressar em uma universidade federal, deste modo acontece o inverso. Pessoas com maior poder aquisitivo conseguem manter seus filhos em instituições particulares do infantil até o ensino médio e na fase do ensino superior em unidades federais. Já para quem sobrevive com um salário mínimo é extremamente difícil manter um filho em escolas particulares, assim a opção é o ensino público e em seguida ingressam em faculdades particulares ou cursos técnicos. Os excessos das listas e abusos devem ser denunciados ao Procon, que considera completamente inadequado exigências de marcas específicas, materiais de higiene pessoal ou qualquer outro que não seja de uso individual ou voltado para atividades escolares. Os pais não devem ser obrigados a cumprirem rigorosamente as indicações, e caso alguma situação irregular aconteça é hora de procurar o órgão que defende os direitos dos consumidores.


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