Dylann Roof, o supremacista branco que matou nove pessoas em um massacre em uma igreja de Charleston, nos EUA, foi condenado à morte após cerca de duas horas de deliberações dos jurados. Durante o julgamento, Roof afirmou que não se arrepende de nada. "Ninguém me obrigou", disse ele, que organizou o ataque à igreja, que fica em uma comunidade predominantemente negra. Em dezembro, o jovem de 22 anos já havia sido considerado culpado pelas 33 acusações contra ele, que incluem crime de ódio. O massacre foi em 15 de junho de 2015. Ele entrou na igreja e ficou no local por 40 minutos participando de uma leitura da Bíblia antes de começar a disparar - foram no total 77 tiros. O promotor Jay Richardson afirmou que Roof "executou cruelmente pessoas que descreveu em seus escritos como meros animais selvagens". Na defesa, Roof afirmou que sente o mesmo ódio que tinha pelas vítimas pelos familiares destas, pessoas em geral e pelo promotor. Disse ainda que sua ação criminosa foi um impulso natural. "Acredito que possamos dizer que ninguém em sã consciência quer ir a uma igreja matar pessoas", afirmou. "O que digo é que ninguém que odeie alguém tem uma boa razão para fazer isso". Em dezembro, o vídeo de confissão de Roof, feito um dia após o ataque, foi exibido ao tribunal. O jovem afirmava que sua ação de ódio era uma resposta a supostos crimes cometidos por negros contra brancos. "Alguém tinha que fazer isso porque os negros estão matando os brancos o tempo todo na rua e estão estuprando as mulheres brancas", afirma ele a um oficial do FBI. Ele pediu, no entanto, para ser condenado para prisão perpétua, ao invés da pena de morte.