Médicos criticam convite para anestesistas cubanos atuarem na Bahia

Um chamado para que pediatras e anestesistas cubanos venham atuar nas universidades estaduais da Bahia, feita pelo governador Rui Costa (PT) durante uma viagem oficial a Cuba, na última semana, provocou reclamações de médicos baianos. Na última terça-feira (31), uma postagem na conta oficial do governador no Instagram fala do convite. "Estamos discutindo meios para que as universidades estaduais da Bahia recebam profissionais cubanos que atuem em especialidades que temos carência, como anestesia e pediatria". A reação da categoria surgiu em forma de nota pública divulgada neste sábado (3). Na nota, da Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia (Saeb), a categoria disse ter potencial para ampliar a formação de anestesiologistas, caso seja necessário, e também afirmou que "existe interesse dos profissionais em atuar na rede pública estadual".De acordo com dados do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), existem hoje 801 médicos anestesiologistas registrados no estado, de um total de 22.110 médicos ativos. "Tais fatos tornam injustificada a vinda de profissionais procedentes de Cuba ou de qualquer outro país para atender a este propósito", completa a nota. Ainda de acordo com a Saeb, 30 novos especialistas são formados por ano na Bahia, depois de uma formação de três anos de residência em centros especializados. "Não podemos atribuir o comprometimento na atenção à saúde da população à ausência de anestesiologistas, mas sim à carência na estrutura dos serviços. A Saeb se coloca à disposição do governo para analisar os fatos e buscar soluções. O Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed) também reagiu à publicação. "Já ficou muito claro, por exemplo, a partir do Programa Mais Médicos, do governo federal, que o País não tem carência de profissionais da medicina, mas sim de políticas públicas que estimulem os médicos brasileiros a assumirem postos de trabalho onde a falta de infraestrutura é total. Em muitos lugares faltam laboratórios, medicamentos, macas e sequer o salário está garantido no final do mês", diz a nota do Sindimed.

Postagem editada: Após a repercussão, o texto da postagem do governador foi editado nas redes sociais e não cita mais as especialidades de pediatria e anestesiologia. Agora, o texto diz: "Estamos discutindo meios para que as universidades estaduais da Bahia recebam docentes cubanos que atuem levando suas experiências para dentro de sala de aula". Em nota, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Bahia negou que o objetivo seja trazer médicos cubanos para o estado. "Em missão oficial em Cuba, o governador Rui Costa iniciou o diálogo com a Faculdade de Medicina de Havana com o objetivo de estabelecer cooperação acadêmica entre a instituição cubana e as quatro universidades baianas. O objetivo, portanto, não é trazer médicos especialistas para a Bahia", diz a nota. Os reitores das universidades estaduais de Feira de Santana (Uefs), do Estado da Bahia (Uneb) e da Santa Cruz (Uesc) também estiveram com o governador em Cuba. (Correio)

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