Com uma impopularidade histórica de 82%, segundo o Datafolha, o mandato de Michel Temer apresenta os primeiros sinais de um desfecho prematuro. A quase seis meses da passagem da faixa presidencial, o Palácio do Planalto desistiu de propostas antes prioritárias, não consegue evitar que medidas provisórias caduquem, passou a ser menos frequentado por aliados e corre o risco de perder funcionários comissionados. A possibilidade do governo acabar antes do fim era o principal receio de auxiliares presidenciais que defendiam que o presidente mantivesse o discurso de candidato à reeleição até julho, postergando o processo de abandono de seu mandato por políticos e empresários.Em conversas reservadas, relatadas à reportagem, o presidente foi convencido de que dificilmente conseguirá emplacar até o final do ano propostas que já não estejam no Congresso e reconhece a dificuldade de fazer o seu sucessor na eleição deste ano. O principal receio dele, segundo parlamentares governistas, é de que o próximo presidente revogue as duas medidas que ele considera os principais legados de seu mandato: o teto de gastos e a reforma trabalhista. (msn.com)