Em abrigos desde bebê, adolescente é adotada em Goiás a duas semanas de completar 18 anos

A adolescente Mariana Rocha, de 17 anos, foi adotada duas semanas antes de completar a maioridade e ter que sair do orfanato onde morava, em Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal. A jovem passou 15 anos em abrigos e conta que já não pensava muito em ter uma família quando conheceu a cabeleireira Lucélia Rocha e o pintor Laurentino Rocha. “[A adoção] mudou tudo. Eu não tinha sonhos, era muito presa. Agora me sinto livre. Comecei a enxergar um futuro”, disse Mariana. O processo foi formalizado no último dia 3 de julho. Maiara, irmã biológica dela e dois anos mais velha, teve um destino diferente e, ao chegar à maioridade, teve que tentar se virar sem apoio do orfanato. A irmã de Mariana, mesmo sem querer, foi quem abriu as portas para que a adolescente fosse adotada.
Lucélia conhece o ex-diretor do orfanato onde as duas estavam e, através dele, soube que a mais velha, hoje com 20 anos, estava morado nas ruas de Cidade Ocidental. A cabeleireira a procurou e acolheu e depois foi em busca da mais nova da dupla, Mariana. “O ex-diretor do orfanato falou que todas as crianças da época que eu fiz um trabalho lá tinham sido adotadas, menos ela e a irmã. Preocupado, ele me perguntou se eu podia ajudar e que ela precisava de uma casa. Eu falei: uma casa eu tenho”, recordou. Sobre o primeiro encontro, Mariana lembra que estava voltando da escola e, muito tímida, colocou um pirulito na boca e não disse nada o tempo todo. “Primeiro momento foi top. Minha mãe chegou com uma das minhas irmãs [adotivas] e uma amiga, mas eu sou tímida, não queria conversar”, recordou. Apesar da resistência, Mariana garante que ficou feliz com o encontro. Aos poucos, ela e a família foram se aproximando. O casal conseguiu uma autorização judicial para que a adolescente passasse o Natal na casa deles e até uma parte das férias. Depois desse período, ela pediu para não voltar mais ao orfanato. “Ela pediu pra ficar conosco e foi um momento de muita emoção alguém escolher andar com a gente. Não temos vida boêmia, moramos em área rural. Ela que nos escolheu”, contou Lucélia. Comovidos e já encantados pela adolescente, o casal não teve dúvidas de que Mariana era parte da família, que já não estaria completa sem ela dali para frente. O pai, Laurentino, conta que lembra quando a conheceu e como a filha já mudou o sorriso desde então. “Era um bicho do mato. Chegou aqui marrenta, custosa. Era de fazer dó, porque é uma moça, estava começando o segundo ano do ensino médio. Ela me disse que não tinha sonho. Iria chegar aonde? Graças a Deus ela começou a pensar diferente, agir diferente. Foi bom para nós e para ela”, contou. Realizada, a adolescente conta que agora as perspectivas mudaram. “Hoje eu quero estudar aviação e ser aeromoça igual a minha irmã [adotiva] mais velha”, disse. (G1)

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