Mesmo ‘castigado pelo poder’, Collor quer voltar à presidência

Hoje senador na metade do segundo mandato, o ex-presidente Fernando Collor (PTC), 68, quem diria, quer voltar ao Planalto. Mesmo se dizendo "castigado" por não ter sabido exercer o poder com "maestria", segue em campanha. Atualmente, possui, segundo as pesquisas, 1% da intenção de votos, e a mais alta rejeição: 40%. Em entrevista à edição desta sexta-feira (13) da Folha de S. Paulo, Collor, que deixou o governo em 1992 após impeachment, negou, porém, que tenha errado ao determinar o confisco da poupança. Disso diz não se arrepender. Segundo ele, o que houve não foi confisco, mas um "bloqueio do dinheiro que circulava na economia". "A inflação estava em 82% ao mês. Havia instrumentos de especulação financeiros danosos, tínhamos que criar um ambiente em que pudéssemos fazer um congelamento de preços, que é algo terrível, uma medida que a gente deve evitar o quanto possível. Era uma necessidade absoluta. Se voltando àquele momento, faria do mesmo jeito". E afirmou ter até pensado em suicídio. "Superei, graças, entre outros fatores, a uma conversa com o Brizola. Eu o recebi no Planalto, o processo do impeachment campeando, ele disse: doutor Getúlio [Vargas, ex-presidente] sofreu uma campanha como essa que você está sofrendo, só que não suportou e deu fim à vida. Eu queria lhe pedir uma coisa: resista". E se tivesse que disputar a presidência mais uma vez com Lula? "Se for o destino, o que fazer?". Collor disse ainda que a Operação Lava Jato é "necessária, bem como a justiça", mas criticou a "forma" como delatores têm sido "premiados". "Haverá na Justiça um momento em que a minha inocência irá prevalecer e a verdade virá à tona". "O poder é cruel com aquele que não sabe exercê-lo. Eu não soube exercê-lo na plenitude. O poder castiga aqueles que não sabem manejá-lo com maestria, e por isso eu paguei". (BN)

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