É bastante comum atendermos pacientes com esse tipo de dúvida. Eles nos procuram reclamando que a pressão está oscilando muito, especialmente em situações de estresses emocionais ligados a problemas de trabalho e, mais comumente, a desavenças familiares.
Em primeiro lugar, é bom esclarecer que a pressão não pode ser entendida como um número fixo, nem o 12 x 8 que a nossa campanha preconiza. Quando falamos nesse número mágico desejamos falar numa pressão média que deve ser perseguida como uma meta ideal. O coração bate em média 80 mil vezes por dia e nunca com a mesma pressão em batimentos sucessivos.
Em primeiro lugar, é bom esclarecer que a pressão não pode ser entendida como um número fixo, nem o 12 x 8 que a nossa campanha preconiza. Quando falamos nesse número mágico desejamos falar numa pressão média que deve ser perseguida como uma meta ideal. O coração bate em média 80 mil vezes por dia e nunca com a mesma pressão em batimentos sucessivos.

O problema é que nessas situações muitas vezes somos convidados a medir a pressão arterial. Assim descobrimos que a nossa pressão está um pouco (ou mesmo muito) acima dos valores habituais. Por esse motivo, procuramos uma emergência e lá a pressão vai estar ainda mais alta, porque é um local impróprio para uma medição adequada da pressão arterial.
Então, respondendo à pergunta se situações de estresse aumentam a pressão arterial, a resposta é SIM. O que devemos entender é que em pessoas que possuem comportamento da pressão sempre normal, ou abaixo da média, esse aumento de pressão arterial não deve ser valorizado, porque logo haverá um retorno aos valores normais sem necessitar de nenhum apoio medicamentoso.
Marco Mota
Médico cardiologista e Professor Titular de Cardiologia da Faculdade de Medicina da Uncisal (Maceió – Alagoas).
