O rombo causado pela corrupção nas contas da Petrobras poderá ser ainda maior, caso surjam novas empresas e contratos suspeitos, admitiu nesta semana, a presidente da estatal, Graça Foster. A companhia também poderá ampliar o período sob investigação, limitado entre janeiro de 2004 e abril de 2012, época em que Paulo Roberto Costa era o diretor de abastecimento da estatal. Na avaliação da presidente da empresa, com a evolução das investigações da Operação Lava Jato, o volume de desvios estimados poderá ser superior aos R$ 4 bilhões já apurados pela companhia. O valor se refere à aplicação da cobrança indevida de 3% nos contratos, que seriam desviados para pagamento de propinas a ex-funcionários, partidos e políticos - prática revelada por Costa em depoimento ao Ministério Público. Ao todo, a companhia identificou 52 contratos firmados com 23 empresas citadas nas investigações da Polícia Federal - que representam mais de R$ 188 bilhões em patrimônio da companhia. “Se tivermos mais depoimentos em que surjam outras empresas, esse número cresce. Esse numero aqui não é firme e depende dos números de empresas que estão sendo informadas pelo Ministério Público. Cresce o número de empresas, cresce esse número”, afirmou a Graça Foster.
