Donos de alguns dos maiores orçamentos da União, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Valec devem passar por um cenário de estagnação de investimentos em 2015. Depois de registrarem a execução de R$ 12,8 bilhões em 2014, as autarquias vinculadas ao Ministério dos Transportes tendem, na melhor das hipóteses, a repetir o resultado do ano passado. A avaliação é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Estamos falando de estatais que dependem fundamentalmente de recursos fiscais, da arrecadação e da disposição do Tesouro em liberar recursos. Com o arrocho fiscal que estamos vivendo, não haverá espaço para crescimento”, diz o coordenador de infraestrutura do Ipea, Carlos Campos. A Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano, ainda não aprovada, prevê que os recursos do Ministério dos Transportes – envolvendo desembolsos para rodovias, ferrovias, portos e hidrovias – poderá chegar a R$ 19,8 bilhões. Há previsão de cortes. Em 2014, os recursos foram de R$ 19,3 bilhões.Mesmo com a faxina dos transportes ocorrida em 2011, processo que investigou um esquema de propina no ministério e que custou a queda dos presidentes do Dnit e da Valec, e do ministro Alfredo Nascimento, a Pasta conseguiu manter um nível alto de desembolso. Entre 2010 e 2013, foram alocados R$ 66,04 bilhões em transportes, enquanto R$ 39,46 bilhões foram destinados à educação e R$ 12,90 bilhões à saúde. (Agência Estado)
