Israel adiou por algumas horas a libertação de 110 prisioneiros palestinos nesta quinta-feira (30), como parte do acordo de troca de reféns, em resposta à liberação de oito israelenses e tailandêses pelo Hamas na Faixa de Gaza.
A soltura dos palestinos começou no início da tarde de quinta-feira, depois de o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, suspender a liberação por algumas horas, alegando que a situação em que dois reféns israelenses haviam sido libertados pelo Hamas não era aceitável. Netanyahu ficou indignado com a confusão e a multidão no momento da soltura de Arbel Yehud e Gadi Mozes, que foram libertados em Khan Younis, no sul de Gaza. O premiê pediu melhores condições para a liberação dos próximos reféns e afirmou que qualquer ato que colocasse em risco a segurança dos reféns teria consequências graves.
A libertação dos prisioneiros palestinos foi uma resposta à liberação dos reféns e faz parte de um acordo maior entre Israel e Hamas, mediado por países como os EUA, Catar e Egito. Durante o processo, os ônibus com prisioneiros chegaram a ser mandados de volta para as prisões, mas a situação foi resolvida quando o Hamas pediu a intervenção dos mediadores do cessar-fogo.
No caso de Agam Berger, uma soldado israelense de 19 anos, sua libertação ocorreu de forma mais tranquila, com ela sendo entregue em uma área menos movimentada, ao contrário de Yehud, que passou por uma situação mais caótica.
As trocas de reféns entre Israel e o Hamas fazem parte de um acordo de cessar-fogo iniciado em 19 de janeiro, que prevê a troca de 33 reféns israelenses e quase 2 mil prisioneiros palestinos. Já foram libertados vários reféns e, nas próximas semanas, o processo deve continuar, com Israel e Hamas trocando mais prisioneiros até que todas as partes cumpram o acordo.
Além da liberação dos reféns, o cessar-fogo inclui outras medidas, como a retirada das tropas israelenses de certas áreas de Gaza e a entrada de ajuda humanitária para a região. A última fase do acordo, no entanto, envolverá negociações sobre a reconstrução de Gaza, um processo que pode durar anos e gerar tensões sobre quem controlará a região no futuro.
Fonte:G1
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