Em meio à crescente tensão comercial entre os Estados Unidos e a China, o Google foi incluído no pacote de medidas retaliatórias anunciadas por Pequim nesta terça-feira (4). A ação segue uma decisão tomada por Donald Trump na última sexta-feira (31), quando o presidente dos EUA impôs tarifas adicionais de 10% sobre todas as importações chinesas, com a medida entrando em vigor nesta terça.
Como resposta, a China aplicou novas tarifas sobre produtos americanos e iniciou uma investigação sobre a Alphabet Inc., empresa-mãe do Google, alegando suspeitas de violação das leis antimonopólio do país. A Administração Estatal de Regulamentação do Mercado (SAMR) da China confirmou a abertura da investigação, mas não forneceu mais detalhes sobre as acusações. O Google já enfrenta um bloqueio em seu site de buscas e outros produtos no território chinês, com sua receita proveniente do país representando apenas cerca de 1% de sua receita global. Embora tenha parcerias com empresas chinesas em publicidade, o Google não faz pesquisas de IA na China desde o fim de 2019, após dissolver um centro de inteligência artificial que havia aberto no país em 2017.
Além de investigar o Google, o governo chinês anunciou novas tarifas sobre importações dos Estados Unidos, com a imposição de 15% sobre carvão e Gás Natural Liquefeito (GNL) e 10% sobre petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns tipos de automóveis. Essas tarifas entrarão em vigor no dia 10 de fevereiro.
A China também adicionou empresas como a PVH Corp, dona de marcas como Calvin Klein, e a biotecnológica Illumina à sua “lista de entidades não confiáveis”. O Ministério do Comércio chinês acusou essas empresas de ações discriminatórias contra companhias chinesas e de prejudicar seus direitos e interesses. Essas empresas podem enfrentar multas e outras sanções, incluindo congelamento de comércio e revogação de permissões de trabalho para seus funcionários estrangeiros.
O Google, por sua vez, optou por não comentar sobre a investigação em andamento, conforme informou à Reuters.
Fonte: G1
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