Imigrantes são enviados para Guantánamo sem prazo de saída

A administração Trump determinou que criminosos perigosos e supostos integrantes de gangues, classificados como “os piores dos piores”, fossem enviados para a prisão na Baía de Guantánamo. No entanto, documentos obtidos pela emissora “CBS” revelam que, na prática, imigrantes não violentos e sem antecedentes criminais estão sendo detidos na base militar em Cuba.

Segundo a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, aproximadamente 100 venezuelanos estão atualmente retidos em Guantánamo, aguardando deportação, sem que um prazo exato tenha sido estipulado para isso.

Ativistas denunciam que esses imigrantes em situação irregular estão sendo submetidos a um regime semelhante ao imposto a prisioneiros da guerra ao terror do governo George W. Bush. Eles estariam incomunicáveis, sem acesso a advogados, familiares ou ao mundo exterior, conforme argumentado em um processo movido contra o governo Trump por uma coalizão de entidades, liderada pela União Americana pelas Liberdades Civis (Aclu).

A ação judicial sustenta que esse isolamento não ocorre por acaso e que as dificuldades para acessar advogados e questionar a detenção são deliberadas. Relatos indicam que os familiares dos detidos só descobriram sobre a transferência por meio de imagens divulgadas oficialmente, nas quais os imigrantes aparecem algemados ao embarcar em aviões militares.

“Ao deslocar os imigrantes para uma ilha distante, sem acesso a advogados, parentes ou qualquer contato externo, o governo Trump deixa claro que o Estado de Direito não tem valor para ele. Agora, cabe ao Judiciário garantir que essas pessoas não sejam mantidas em instalações offshore”, declarou Lee Gelernt, vice-diretor do Projeto de Direitos dos Imigrantes da Aclu.

O plano do governo prevê o envio de até 30 mil imigrantes para Guantánamo, onde já estão presos 15 membros da al-Qaeda. No auge de seu funcionamento, a instalação chegou a abrigar 800 detentos, os quais, de acordo com um relatório da ONU publicado em 2023, foram submetidos a “tratamento cruel e degradante em violação ao direito internacional”.

Baher Azmy, diretor jurídico do Centro de Direitos Constitucionais, afirmou: “Não é surpreendente, mas ainda assim aterrorizante, ver o governo Trump ampliar e explorar o maior símbolo de ilegalidade e tortura do século XXI: Guantánamo”.

O Departamento de Segurança Interna confirmou a presença de imigrantes de baixo risco na base, ressaltando que estão detidos separadamente de membros de organizações criminosas, como o Tren de Aragua. Segundo o porta-voz da pasta, todos esses indivíduos serão deportados, pois, ao entrar ilegalmente nos Estados Unidos, cometeram um crime, conforme estabelece a política migratória da atual administração americana.

Fonte: G1

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