Um dos médicos encarregados do cuidado com o papa Francisco, Sergio Alfieri, declarou nesta sexta-feira (21), durante uma coletiva de imprensa, que o pontífice segue de bom humor, mas ainda não está totalmente fora de risco. Ele deverá permanecer hospitalizado por pelo menos mais sete dias.

“Ele está em perigo de morte? Não. Mas se a pergunta for se ele já está livre de perigo, a resposta também é ‘não’”, esclareceu Alfieri.

A coletiva aconteceu no dia em que o líder da Igreja Católica completou uma semana internado no hospital Gemelli, em Roma. O papa foi hospitalizado devido a uma infecção respiratória e, ao longo da semana, foi diagnosticado com pneumonia bilateral, uma condição severa que compromete ambos os pulmões e dificulta a respiração.

Apesar da melhora observada, os médicos afirmam que a internação continua por precaução, principalmente devido à idade avançada do pontífice, que tem 88 anos e é considerado um paciente vulnerável. “O papa sempre fez questão de que a verdade fosse compartilhada com o público”, destacou um dos profissionais responsáveis pelo tratamento, acrescentando que Francisco já iniciou a terapia adequada.

Todos os compromissos do papa até o domingo (23) foram cancelados, mas a equipe médica afirmou que ele poderá decidir se deseja participar da missa papal do fim de semana, um evento que integra as celebrações do Ano Santo. Por respeito à sua privacidade, não serão divulgadas imagens dele durante o tratamento.

Desde 2013 à frente da Igreja Católica, Francisco tem enfrentado problemas de saúde nos últimos anos. Sua propensão a infecções pulmonares remonta à juventude, quando teve parte de um dos pulmões removida após uma inflamação.

Na quinta-feira (20), um cardeal aposentado sugeriu que a saúde debilitada do papa poderia levá-lo a renunciar, a exemplo de seu antecessor, Bento 16. No entanto, Francisco já descartou essa possibilidade no passado, classificando a hipótese como “distante” em 2024.

Fonte: CNN Brasil

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