A confissão do único suspeito preso pelo assassinato de Vitória Regina de Sousa, uma jovem de 17 anos, desvendou o mistério principal da investigação. Segundo a polícia, o crime teria sido motivado pela obsessão de Maicol Antonio Sales dos Santos, o homem envolvido, pela vítima, que era seis anos mais jovem.

Maicol teria tentado sequestrar Vitória, mas ela reagiu e acabou sendo golpeada no pescoço com uma faca, o que resultou em sua morte. No entanto, a polícia ainda tem algumas questões sem resposta. Uma delas é onde ocorreu a agressão. A faca cortou a artéria aorta, que pode fazer o sangue sair com grande força. Se isso tivesse ocorrido no carro, seria difícil de limpar as manchas de sangue com precisão, especialmente nos bancos, portas e teto. No entanto, o veículo estava muito limpo, e apenas uma mancha foi encontrada no porta-malas.

Isso levanta a possibilidade de que Vitória tenha sido morta durante o trajeto entre o ponto de ônibus e sua casa. Caso tenha sido esse o caso, o crime não seria caracterizado como sequestro, uma das acusações contra Maicol.

Outra dúvida diz respeito às manchas de sangue encontradas no carro e na casa de Maicol. A polícia ainda não sabe se elas são da vítima, e só um exame pericial poderá confirmar essa informação. Amostras foram enviadas para análise e estão sendo comparadas com o DNA de Vitória. O resultado deve sair em alguns dias, e a conclusão do inquérito depende dessa confirmação.

Quanto à morte em si, a polícia acredita que Maicol tenha agido sozinho, sendo o único responsável pelo assassinato, já que ele não indicou a presença de cúmplices. No entanto, ainda persiste uma dúvida: será que ele realmente agiu sozinho?

Fontes envolvidas na investigação afirmam que transportar um cadáver de cerca de 70kg não é uma tarefa simples, nem para uma pessoa forte. Além disso, tanto a casa antiga de Maicol quanto o carro estavam extremamente limpos, o que sugere que ele poderia ter recebido ajuda em algum momento entre o desaparecimento de Vitória, em 26/2, e a descoberta do corpo, em 5/3.

Das três dúvidas levantadas, a que envolve o DNA do sangue recolhido é a única que pode ser esclarecida durante a investigação. As outras questões talvez nunca sejam respondidas.

Fonte: CNN Brasil

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