Laudo revela presença de chumbinho em ovo de Páscoa envenenado consumido por mãe e filhos

A Polícia Civil do Maranhão concluiu, nesta quarta-feira (30), que o ovo de Páscoa ingerido por uma mulher e seus dois filhos, em Imperatriz (MA), estava contaminado com “chumbinho”, um pesticida ilegalmente utilizado no Brasil para exterminar roedores.

O laudo técnico emitido pelo Instituto de Criminalística confirmou a presença do veneno no chocolate, nos corpos das vítimas e também nos objetos apreendidos com Jordélia Pereira, a principal suspeita, que permanece detida. Após a conclusão do inquérito, ela deverá ser formalmente acusada por duplo homicídio e tentativa de homicídio por envenenamento.

As vítimas, Evelyn Fernanda Rocha Silva, de 13 anos, e Luís Fernando, de 7, faleceram com poucos dias de intervalo. Evelyn morreu no dia 23 de abril, por falência múltipla dos órgãos e choque vascular, consequências diretas da intoxicação. Seu irmão faleceu cinco dias antes, pouco tempo após consumir o doce. A mãe das crianças, Mirian Lira, também passou mal e precisou ser internada na UTI, mas sobreviveu e já recebeu alta hospitalar.

Segundo a polícia, o crime teria sido motivado por vingança: Mirian estava em um relacionamento há cerca de três meses com o ex-marido de Jordélia, o que teria provocado ciúmes e desejo de retaliação por parte da suspeita.

Durante a investigação, o ex-companheiro de Jordélia, que atualmente mantinha um namoro à distância com Mirian, forneceu informações importantes que auxiliaram na identificação da autora. Ele relatou que Jordélia, com quem tem dois filhos, já havia ameaçado Mirian anteriormente.

Conforme apurado, Jordélia teria saído de Santa Inês e viajado até Imperatriz em um ônibus na madrugada do dia 16 de abril. Imagens de segurança mostram a mulher, disfarçada com óculos e peruca, comprando um ovo de Páscoa em uma loja por volta das 15h daquele mesmo dia. O presente foi posteriormente entregue à residência de Mirian por um motoboy. Na madrugada seguinte, ela retornou à sua cidade e foi detida ao descer do ônibus. Com ela, a polícia encontrou perucas, chocolate remanescente em bolsas térmicas e bilhetes de viagem.

Para dificultar sua identificação, Jordélia se hospedou em um hotel sob o nome falso de Gabrielle Barcelli, se apresentando como uma mulher trans em processo de retificação de documentos. Ela também portava crachás falsificados, um deles de uma suposta empresa do ramo gastronômico.

Durante interrogatório, a suspeita confessou ter enviado o chocolate à família, mas negou ter adulterado o doce com qualquer substância. A defesa de Jordélia ainda não foi localizada.

O drama da família chocou a comunidade local. Em entrevista à TV Mirante, Mirian Lira desabafou, ainda abalada: “Só Deus mesmo. Não sei como vai ser daqui pra frente. Só peço justiça. Meus dois filhos se foram e não vão voltar”.

A operadora de caixa também contou que recebeu uma ligação perguntando sobre a entrega do chocolate e acreditou se tratar de uma confirmação de recebimento da loja: “Na hora, achei que era da Cacau Show, confirmando o recebimento. Nem pensei em investigar”.

Segundo ela, todos estavam na cozinha e provaram o chocolate praticamente ao mesmo tempo. “Nunca passou pela minha cabeça que pudesse estar envenenado. Só vivendo isso pra entender. Estou tentando assimilar aos poucos”, disse, emocionada.

Jordélia, atualmente presa na Unidade Prisional Feminina de São Luís, deverá aguardar o processo à disposição da Justiça, conforme informou a Secretaria de Administração Penitenciária.

Fonte: G1

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